01 julho 2020

O que esperar do futuro?


Nunca hesitei em buscar melhores oportunidades e condições, embora nunca
 tenha deixado nenhum empregador na mão: o futuro é de quem se aventura 


Quem estaciona confortavelmente em um porto seguro desperdiça o que o futuro pode lhe trazer e eu vivo isto de forma consolidada.

Sempre busquei, em toda a minha vida profissional, o que me motivava a ser melhor nas minhas atividades e nas minhas relações. Muitas vezes quem esteve próximo de mim, não entendeu as minhas escolhas por achar que quem deixa de lado um porto seguro ou é louco ou está a caminho de ser um com muita brevidade. 

Discordo desse pensamento. 

É preciso ir além sempre. 

No campo profissional, primeiro como jornalista e depois como profissional de marketing, nunca hesitei em buscar melhores oportunidades e condições. 

É claro que isto não significa que abandono barcos, fazendo trocas que se baseiam apenas no interesse financeiro, mesmo porque este não é o único motivo que me move. 

Nunca deixei nenhum empregador na mão ou sem perspectivas com uma notícia de saída abrupta ou sem qualquer preparação.

Vejam: depois de começar como jornalista no semanário “O Trabalhador”, de Salto, recebi convite para ser o editor-chefe do Periscópio, de Itu, jornal que circulava três vezes por semana. 

Era o porto seguro. 

Cresceria com o jornal.

Em “O Trabalhador” introduzi a cor, os cadernos por editoria e criei a edição de quarta. 

Poderia fazer do Periscópio um jornal diário sem dúvida nenhuma. 

Mas abriu-se um desafio maior: ser repórter de um jornal diário, o Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, o maior jornal da região à época e até hoje. 

Não tive dúvida: aceitei ser repórter em Sorocaba e larguei o porto seguro.

Se não tivesse feito, talvez não tivesse tido a experiência de uma cidade maior. Quantos dos meus colegas em Salto e Itu não tiveram essa chance ou tiveram e não a abraçaram? E ela só existiu para mim também, porque me aventurei a buscá-la. 

Depois de algum tempo, troquei o Cruzeiro do Sul, onde tinha o maior salário pago a repórteres na época (final da década de 80) para ser repórter pago com o piso da categoria em São Paulo na Folha, que era já o maior jornal do país. 

Se não tivesse feito, talvez nunca chegasse a um grande jornal e depois da Folha passei por outros grandes veículos. 

O salário subiu rapidamente com o meu desempenho.

Desafios são como espinhos porque cutucam a gente, mas nos fazem descobrir caminhos. 

A Folha foi fundamental para mim. Não só pelo salário (recebia lá, mesmo com o piso de quando cheguei, dez vezes mais que no Cruzeiro e depois, com os aumentos que tive, recebia um salário que era impossível de ser ter no interior), mas pelo que o jornal me ensinou profissionalmente.

Aprendi a concisão, a rapidez de produção de textos e o controle rígido da apuração. Tudo isto era avaliado diariamente pelas minhas chefias e era decisivo para aumentos ou desligamentos. 

Não foi à toa que permaneci na empresa por sete anos.

Mas isto também não me prendeu lá e nem na profissão de jornalista. 

Nos últimos 20 anos, me aventurei a trabalhar com o serviço público fazendo assessoria, consultoria e por fim gestão de marketing político e também desenvolvi atividades no marketing corporativo.

Em 2017, assumi a Secretaria de Comunicação e Eventos da Prefeitura de Sorocaba e fui o quarto secretário dessa pasta na história da cidade, onde planejei, desenvolvi e coloquei em prática mais de 20 projetos na área.

Passei por empresas da área de alimentação, papel e celulose, ferramentas especiais, educação, esporte,  terceirizadas e concessionária de veículos.

Hoje estou fazendo preparação de candidatos para a eleição, cuja definição de adiamento finalmente saiu nesta quarta-feira (1º de julho). 

Também estou cursando letras-português e ainda pretendo me aventurar a dar aulas em um futuro próximo, mas a vida não para enquanto pensamos.

Com esse novo normal, devido à pandemia do coronavírus, pode ser que eu vá desenvolver outra atividade ainda que seja inteiramente nova neste momento.

Seja o que for, estou pronto e preparado.