15 agosto 2020

Projeto para o futuro

 

Usina de reciclagem de resíduos sólidos de Salto, entregue oficialmente
 esta semana, tem capacidade para tratar até 100 toneladas diárias



São bonitas e estimulantes as palavras do secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, sobre o avanço alcançado por Salto no que se refere ao cuidado com o meio ambiente e são uma massagem no ego também as considerações da presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Patrícia Iglecias, ao afirmar que o município não fica nada a dever a países da Europa em tecnologia, investimento e eficiência.

As palavras deles são os destaques dos discursos que proferiram nesta semana na solenidade de entrega oficial da Usina de Valorização de Resíduos Sólidos, implantada por meio de uma Parceria Pública Privada (PPP) entre a CSO Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo, varrição de ruas e administração de ecopontos em Salto, e a Prefeitura, a qual terá capacidade para reciclar por dia até 100 toneladas de todo o lixo coletado na cidade.

De fato, o secretário e a presidente da Cetesb têm razão: Salto já faz e agora dá mais um passo no esforço para garantir um meio ambiente saudável às futuras gerações com a implantação da usina, iniciada lá atrás, ainda no governo de Juvenil Cirelli (PDT) pelo primeiro secretário de Meio Ambiente que Salto teve, o engenheiro agrônomo João de Conti Neto, com a criação da PPP, mas todo este trabalho fica muito comprometido pelo governo do Estado.

Marcos Penido e Patrícia Iglecias representam um governo que não se importa com o meio ambiente como Salto faz, já que permite -e não age nunca em sentido contrário- que empresas e prefeituras despejem no Rio Tietê, ainda na capital e nas cidades da Grande São Paulo, produtos que comportariam a reciclagem que a usina de Salto fará e que, além de poluir, enfear e causar enormes prejuízos financeiros e ao meio ambiental, é ato criminoso.

Os elogios são bem-vindo sempre, mas o secretário e a presidente da Cetesb deveriam aproveitar a visita que fizeram à cidade e especificamente às instalações da usina para aprender como se respeita o meio ambiente e deveriam levar esta lição ao governador João Dória (PSDB), para que ele decida definitivamente tomar pulso da situação e deixar de prejudicar toda a população de Salto e as futuras gerações com esse desmedido ato de omissão.

Salto faz a sua parte.




Artigo publicado na seção opinião do Jornal Taperá de 15-08-20